Este ano, compadres e comadres de todo o Brasil têm encontro marcado em Campina Grande de 30 de maio a 29 de junho. A expectativa dos organizadores é de que mais de 300 mil visitantes participem da grande festa junina, onde o forró reina como ritmo absoluto não só no Parque do Povo, mas também no Vale do Jatobá, na Vila Forró e na Spazzio, uma das melhores casas de espetáculo da cidade. No arraial, 500 barracas serão montadas para vender comidas típicas.

Mas não é preciso esperar tanto para conhecer as atrações turísticas e a hospitalidade dos moradores de Campina Grande. Com clima ameno e chuvas regulares, diferente da maioria das cidades do Nordeste, a Rainha da Borborema, como ficou conhecida por sua localização na serra, não é só a capital do forró e do carnaval fora de época.

Maior pólo industrial e tecnológico da Paraíba, Campina Grande tem mania de grandeza e senso de oportunidade. Nos dias de carnaval, quando a população prefere o calor das praias ao clima ameno da serra e a efervescência do frevo de Olinda ou do axé music da Bahia, Campina Grande se transforma em reduto de filósofos e cientistas das mais variadas correntes de pensamento, crença e religião, que se reúnem para refletir sobre a chegada do Terceiro Milênio. O evento, batizado de "Encontro para a Nova Consciência", acontece no Teatro Severino Cabral e atrai a cada ano um número maior de pessoas preocupadas com a preservação ambiental e a qualidade de vida no planeta.

Também costumam atrair turistas o Congresso dos Violeiros e a Semana da Cultura. O primeira acontece em outubro, ainda sem data fechada, e a segunda, em novembro. Além dos eventos e das festas populares, Campina Grande oferece passeios e atrações também para quem está em busca de tranqüilidade. Visitar o Museu de Arte Assis Chateaubriand, no Parque do Açude Novo, é uma das alternativas. Lá podem ser vistas telas de Pedro Américo e de Portinari, além de obras da arte contemporânea brasileira, como quadros de Di Cavalcanti e Anita Malfatti. O próprio Parque de Açude Novo, onde está localizado o museu, vale uma visita por si só. Bem no marco zero da cidade, foi lá que funcionou o açude que abastecia a cidade no século XVIII.

No Museu Histórico e Geográfico, que funciona no sobrado mais antigo de Campina Grande, há um acervo com mais de 300 fotografias que contam a história da cidade. Já o Museu Regional de São João, no Parque Cristiano Lauritzen, reúne o acervo de dois antigos museus, o do Algodão e o de São João. Há peças e documentos sobre a importância do algodão na Paraíba e peças de arte regional, como bonecas de pano e brinquedos.

Também merece uma visita o Parque do Açude Velho, onde estão alguns dos melhores bares e restaurantes de Campina Grande.

A cidade também é famosa por sua produção artesanal, pelos grupos folclóricos e pela culinária de pratos regionais, como a carne-de-sol na brasa e o peixe de água doce na telha. O turista que estiver em busca de lembranças de viagem pode recorrer à Casa do Artesão, na Rua Venâncio Neiva s/nº, onde estão à venda peças de madeira, gesso, couro e barro, entre outros. Outra opção é o Centro de Artesanto do Parque do Povo, onde há 15 lojas especializadas em artesanato.